sábado, 19 de março de 2016

Pílulas Janísticas — 5

Compilação de publicações da página da biografia de Jânio Quadros no Facebook

JÂNIO E PIXULECO


1959 - A população feliz se reúne para festejar o candidato Jânio Quadros. Bonecos infláveis são feitos com sua imagem, mostrando aquilo que o brasileiro de bem deseja: que ele se torne presidente.

2015 - A população revoltada se reúne para execrar o ex-presidente Lula. Bonecos infláveis são feitos com sua imagem, mostrando aquilo que o brasileiro de bem deseja: que ele se torne presidiário. (28/12/15)

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CHAPÉU GELOT


Jânio e João Mangabeira, 1954. Entre eles, Afrânio de Oliveira. (3/1/2016)

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JÂNIO, PORPHYRIO E CAFÉ - 1954



Governador e vice - Jânio e Porphyrio da Paz - vão ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, visitar Café Filho, empossado presidente após o suicídio de Getúlio, no segundo semestre de 1954. (10/1/2016)

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JQ, CP e LACERDA


Foto rara da Manchete, em (poucas) cores, mostrando Jânio presidente entre o governador de São Paulo, Carvalho Pinto, e o governador da Guanabara, Carlos Lacerda. (13/1/2016)

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LOTT


Cartaz da campanha do Marechal Lott, que teve o azar de concorrer com Jânio à presidência, em 1960. Militar da velha guarda, Lott tinha a reputação imaculada mas não possuía um pingo sequer de carisma, era uma nulidade como orador de palanque e inteiramente avesso a articulações políticas.

Sobre sua campanha e conseqüente derrota, o jornalista Milton Senna escreveu o livro "Como não se faz um presidente".

Lott morreu em 1984, aos 89 anos, afastado da política por não concordar com os rumos que tomara o golpe militar de 64. (15/1/2016)

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JÂNIO, AMARAL PEIXOTO E CUNHA BUENO


Foto provavelmente do fim de 54 ou início de 55 mostra o governador de São Paulo, Jânio Quadros, recebendo, em audiência, o governador do Rio de Janeiro (e genro de Vargas), Ernâni do Amaral Peixoto, que chegou a ocupar esse cargo três vezes, duas como interventor e uma como governador eleito.

A conversa de ambos é assistida pelo então secretário do Governo, Antônio Sylvio da Cunha Bueno. (17/1/2016)

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JÂNIO, 99 ANOS


Hoje.

(25/1/2016)

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HÁ 55 ANOS


Jânio toma posse na presidência do Brasil.

Na foto, os 3 Jotas no parlatório de Brasília: Juscelino, Jango e Jânio. (31/1/2016)

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POSSE, EM 31/01/1961


O povo aguarda a chegada de Jânio ao parlatório, para a transmissão da faixa presidencial. (4/1/2016)

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JÂNIO E DULCÍDIO




Dulcídio do Espírito Santo Cardoso (1896/1978) tinha estreitas relações com Getúlio e foi nomeado por este Secretário da Segurança Pública de São Paulo em 1937. No ano seguinte, foi incumbido pelo ditador de entregar o bilhete azul a seu próprio patrão, o então interventor Cardozo de Mello Netto. Junto a ele estava Adhemar de Barros, que sucederia Mello Netto nos Campos Elíseos.

Nas fotos, hoje raras pois não há qualquer registro de Dulcídio na Internet, vemos Jânio - prefeito de São Paulo - desembarcando no Rio de Janeiro em 1953 e sendo recebido por Dulcídio - careca de terno branco - agora prefeito do Rio, mais uma vez nomeado por Getúlio. (11/2/2016)

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JÂNIO VEM AÍ


Fosse por inspiração de Golbery, fosse porque ele simplesmente não conseguia ficar fora do processo eleitoral, Jânio ensaiou seu retorno à política assim que surgiu no horizonte a possibilidade de se candidatar a governador em 1982.

Esta Veja de junho de 1980 traz a hoje clássica entrevista de Augusto Nunes e equipe, com Jânio no Guarujá. Anos depois Augusto confessaria que eles tentaram beber pau a pau com Jânio, e o resultado é que o ex-presidente terminou a tertúlia composto e de bom humor, e os jornalistas voltaram para São Paulo completamente bêbados e destruídos. (23/2/2016)

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JÂNIO, NIEMEYER E A SÃO PAULO QUE NÃO ACONTECEU




"Ao longo do século 20, também foram feitos muitos estudos para a construção de um Paço que abrigasse a sede da prefeitura de São Paulo. Jânio Quadros assumiu a prefeitura em 1986 e no mesmo ano contratou o arquiteto Oscar Niemeyer para confeccionar um projeto de reurbanização da margem sul do Tietê que incluísse um Centro Cívico, também com o propósito de abrigar a sede da administração municipal. Pelo projeto de Niemeyer, o Centro ficaria entre a ponte Cruzeiro do Sul e o estádio do Canindé.

Niemeyer propôs a desapropriação de 18 km ao longo do rio, da Vila Anastácio até a Penha, o desvio da marginal Tietê e a criação de um "imenso jardim" para tornar a várzea mais permeável, o que ajudaria a combater os efeitos das enchentes do rio. Nos dez milhões de metros quadrados da área, seriam instalados equipamentos de lazer, dois setores residenciais, dois de escritórios, um centro cívico-administrativo e outro cultural.

Niemeyer apresentou as maquetes, como a da sede da prefeitura, e Jânio Quadros assinou o decreto para a desapropriação da área. No entanto, o prefeito disse que a gestão municipal não tinha condições financeiras de executar todas as obras propostas. O projeto acabou caindo no esquecimento; nenhum item saiu do papel".

Fonte: http://noticias.uol.com.br/album/2016/01/25/veja-projetos-para-a-cidade-de-sao-paulo-que-nao-sairam-do-papel.htm

Nas fotos, Niemeyer desenhando seu plano para São Paulo, inspecionando um mapa junto ao Secretário do Planejamento, o engenheiro Marco Antônio Mastrobuono, e junto a Jânio. (1/3/2016)


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HÁ 30 ANOS

Estadão

1º de março de 1986: depois de 33 anos, Jânio volta à prefeitura de São Paulo. Mário Covas, digno e bom perdedor, ficou para lhe transmitiu o cargo (deferência que Jânio não teve com Luiza Erundina, diga-se de passagem). Por contingência das leis de exceção, Covas foi último prefeito nomeado, em São Paulo. Foi vaiado e teve que ouvir ignorantes chamando-o de "biônico", na cerimônia.

Mário Covas começou sua carreira com Jânio. Era o candidato do ex-presidente nas eleições de Santos, em meados da década de 60. A redemocratização os separou politicamente. Mas o respeito permaneceu. (12/3/2016)

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"Tão grave quanto a crise econômica e financeira se me afigura a crise moral, administrativa e político-social em que mergulhamos. Vejo a administração emperrada pela burocracia e manietada por uma legislação obsoleta. Vejo as classes erguerem-se, uma a uma, contra a coletividade, coisas de vantagens particulares, esquecidas de que o patrimônio é de todos. Vejo, por toda a parte, escândalos de toda a natureza. Vejo o favoritismo, o filhotismo, o compadrio sugando a seiva da nação e obstando o caminho aos mais capazes. Na vida pública, mal se divisa a distinção entre o que é sagrado e o que é profano. Tudo se consente ao poderoso, nada se tolera ao sem fortuna. A previdência social, para a qual se recortou roupa nova, vem funcionando contra os trabalhadores”...

Jânio disse isso há 55 anos.

Mas poderia dizer isso hoje, ipsis literis. E certamente estaria na Paulista, de verde e amarelo, em um palanque, inflamando e inspirando o povo. (13/3/2016)

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"NÁDEGAS INDEVIDAS A OCUPARAM"


1º de março de 1986

30 anos desse gesto teatral, divertido e antológico da posse de Jânio em seu segundo mandato como prefeito.

Hoje só podemos imaginar com que ódio a Veja - cujos editores desprezavam Jânio - fez essa cobertura. Basta dizer que a posse na prefeitura mais importante do país não mereceu uma reportagem a cores, como no caso do Rio e outras cidades:

"O prefeito Jânio Quadros, de São Paulo, confirmou seu gosto pela coreografia de opereta. No dia de sua posse, Jânio deu-se à teatralidade: armado de uma lata de Baygon, convocou seu próprio serviço de imprensa para testemunhar uma seqüência em que pretendia humilhar seu maior rival nas eleições de 15 de novembro, o senador Fernando Henrique Cardoso. Durante dois minutos, Jânio dedetizou a cadeira onde deverá sentar-se nos próximos três anos. Em seguida, explicou que o fazia porque "nádegas indevidas a ocuparam", numa referência vulgar a uma foto de Cardoso, ainda candidato, na sala da prefeitura". (Veja, 8/11/1985) (14/3/2016)

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JÂNIO E ORLANDO VILLAS BÔAS


Jânio no governo e na presidência teve uma bela relação de amizade e estímulo com os Irmãos Villas Bôas. Como se sabe, foi um decreto de Jânio que criou o Parque do Xingu. Eis o que conta o saudoso repórter Jorge Ferreira:

"O Jânio criou o Parque do Xingu por decreto, quando na época tinha que passar pelo Congresso, mas se isso acontecesse, não seria aprovado nunca. Nomeamos o Orlando diretor do Parque e ele ficava na minha casa quando ia a Brasília. (...) A filosofia dos Villas Bôas era sempre respeitar a cultura de cada um, preparando paulatinamente esses povos para um contato maduro com o branco, onde pudessem ter uma situação mais favorável. Quando o Jânio saiu, o Parque estava completamente consolidado e eu voltei para a fazenda".

Foto de 1955 (O Cruzeiro)
Fonte do texto: http://www.estadao.com.br/ext/especial/villasboas/jorge.htm
(15/3/2016)

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O CRUZEIRO, 1957


Chatô e o império associado viam Jânio com desconfiança e respeito. Depois da renúncia passaram a vê-lo com ódio e ressentimento.

Não obstante, quando Chatô morreu, Jânio esteve em seu velório, com José Aparecido de Oliveira. (18/3/2016)

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CAMPANHA DE 1985


Outdoor agressivo de Fernando Henrique Cardoso, denunciando o apoio de Delfim Netto e Paulo Maluf a Jânio.

Jânio sequer se deu o trabalho de negar.

Porque era a mais pura verdade. (20/3/2016)

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CAMPANHA DE 1960


Uma linda foto de um comício de Jânio na Zona Norte de São Paulo.

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CAMPANHA DE 1985


De fato, o Ibope e o Gallup saíram desmoralizados da eleição de 1985. Davam vitória folgada a Fernando Henrique e acabaram com a pecha de compradas, quando das urnas emergiu, vitorioso, Jânio Quadros.

"Jânio Quadros, Fernando Henrique Cardoso e Eduardo Suplicy, do PT, monopolizavam as intenções de voto em um total de onze candidatos. Na campanha de 1985 o marketing político apareceu com força no horário eleitoral: "chegou a hora da honestidade. São Paulo precisa de proteção e muita segurança. Vassoura neles".

No dia 15 de novembro de 1985, os jornais chegavam às bancas com uma foto de Fernando Henrique Cardoso sentado na cadeira de prefeito. O candidato do PMDB estava à frente nas pesquisas, mas o microfone da Jovem Pan nas ruas de São Paulo começava a constatar um outro cenário.

"A prévia eleitoral da Jovem Pan, fala do distrito eleitoral da Pedreira, na zona eleitoral de Santo Amaro", relatava o repórter. "Vai votar em quem para prefeito? 'Jânio'", respondiam os eleitores.

As prévias desbancaram as pesquisas eleitorais. Jânio Quadros recebeu 37,6% dos votos, contra 34% de Fernando Henrique Cardoso. "O senhor já se considera eleito?", perguntava o repórter, ao que Jânio respondia: "nada a declarar". Mas o novo prefeito, Jânio Quadros, tinha tudo a declarar nos microfones da Jovem Pan. "Eu quero agradecer a Jovem Pan a cobertura que deu nas prévias eleitorais. Demonstrando a mentira, o engodo dos famosos institutos de levantamento de opinião pública. Muito obrigado, senhores". 

Jânio ganhou com um milhão e 542 mil votos, cerca de 140 mil a mais do que Fernando Henrique". (22/3/2016)


Fonte: http://jovempan.uol.com.br/noticias/brasil/politica/jovem-pan-antecipava-ha-30-anos-vitoria-de-janio-quadros-para-prefeitura-de-sp.html
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