ELA VEM
AÍ...
...anunciava
o cartunista da Revista Manchete, CLAUDIUS, em novembro de 1960, sobre a
vassoura do presidente eleito. E suas charges mostram o símbolo de Jânio em
alguns momentos, assim como a espada de Lott em outros. (30/03/2016)
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MANCHETE -
22/10/1960
Nem aliados
e nem rivais. Jânio desconsiderou a existência de Jango durante os sete meses
em que ocupou a presidência. Houve uma rusga quando o presidente abriu uma
comissão de inquérito que indiretamente implicava Jango, mas nada aconteceu.
Talvez Jânio
devesse ter cultivado a amizade de Jango como fez com Brizola, naquele período.
Consumada a renúncia, os dois nunca mais se viram. No início da década de 70,
perguntado por uma revista qualquer sobre o que pensava de Jango, Jânio foi
incisivo: "Está criando gado, que é o que deveria ter feito sempre".
(03/04/2016)
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CAMPANHA DE
1982
Jânio e Eloá
desembarcando no interior de São Paulo. Na base do suco de laranja, sem beber
uma gota de álcool por meses - não só por prescrição médica mas porque os
tempos eram outros e ele não levaria uma campanha nos ombros bebendo como bebia
nas campanhas de sua juventude - Jânio estava magro e abatido. E, ironicamente,
saudável. (11/04/2016)
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ELEIÇÃO DE
1960
Na capa do
Cruzeiro de 15/10/60, o povo representado pela mulher tem que decidir entre
Jânio, Lott e Adhemar, desenhados pelo caricaturista Àppe.
Mas a
decisão já fora tomada em 3 de outubro. E Jânio venceu com larga vantagem.
(12/04/2016)
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MAIO DE 1961
Jânio recebe
Sukarno, da Indonésia. (24/04/2016)
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ANOS 70
Efervescência
eterna de uma mente caótica: Jânio em sua biblioteca.
A única foto
que reconheci é a que se encontra sobre ele, que o mostra em 60 com José
Américo. (24/04/2016)
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VITÓRIA - ES,
22/8/1961
Enquanto os conservadores discutiam ad eternum se Jânio devia ou não ter condecorado Che Guevara, ele vai à Vitória para uma inauguração. No aeroporto é recebido pelo governador Carlos Lindenberg (no centro) e pelo prefeito Adelpho Poli Monjardim (à direita).
Adelpho foi
prefeito de Vitória duas vezes. Morreu em 2003 ao 99 anos. Não tem um mísero
verbete na wikipédia. Isso é Brasil. (03/05/2016)
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ABRIL DE
1953
Jânio
acabava de ser eleito prefeito de São Paulo, derrotando uma coligação de doze
partidos e virtualmente todos os caciques da política paulista. Sua vitória era
uma conquista popular sem precedentes e a imprensa não estava alheia a isso.
Nessa charge
de Luis, na edição de abril de 1953 do jornal Il Moscone, da colônia italiana,
o garçom não se furta de despejar um prato de sopa na cabeça de um cliente
(sugestivamente referido como "patrão") que se atreveu a falar mal de
Jânio. (05/05/2016)
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XINGU - 1955
Jânio já era
ligado ao jornalista Jorge Ferreira desde os tempos de deputado estadual. No
governo do Estado, em 1955, foi levado por Jorge e os irmãos Villas Boas à
Serra do Cachimbo, entre o norte do Mato Grosso e o sul do Pará (fotos).
Seis anos
depois, já na presidência, Jânio criou o Parque Nacional do Xingu, utilizando
25.000 km² dessa região:
"Durante
a fase da Expedição Rocandor-Xingu, foram mais 1,5 mil quilômetros de picadas
abertas, onde surgiram 40 cidades, um mil quilômetro de rios navegados e o
surgimento de bases militares estratégicas para a segurança nacional. No meio
dessa experiência, descobriram os índios que viviam nessas terras e a história
dos irmãos Villas Bôas tomou novos rumos. No ano de 1952, Orlando, o
antropólogo Darcy Ribeiro, Heloísa Alberto Torres (diretora do Museu Nacional)
e o brigadeiro Raymundo Vasconcellos Aboim apresentaram um anteprojeto de lei
para a criação do Parque Indígena do Xingu, no nordeste de Mato Grosso. Em 1961
a proposta se consolidou, durante o governo do então presidente Jânio Quadros,
e até hoje é o único no Brasil". (09/05/2016)
Jânio e Orlando Villas Bôas |
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11 DE MAIO
DE 2016
Impeachment. (11/05/2016)
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JÂNIO E A
CHARGE DE OTELO
"Crise
de identidade. Em charge publicada na primeira página do GLOBO em 6 de abril de
1962, Otelo brinca com as muitas personalidades do ex-presidente Jânio Quadros,
que renunciara em agosto de 1961". (17/05/2016)
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PIB
Rápida
estatística: em apenas sete meses de governo, Jânio deixou um PIB de 8,6%, o
quarto melhor de toda a República.
Dilma sofreu
o impeachment depois de seis anos, deixando um PIB com média de 2,5%. O
terceiro pior da República. (17/05/2016)
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JÂNIO EM CATANDUVA - SP, 1954
"20.06.1954
– Na foto Jânio Quadros em comício em Catanduva na Praça da República, tendo ao
lado o Dr. Antônio Mastrocola que na ocasião foi eleito deputado estadual com
5.791 votos. Na época Jânio Quadros era Prefeito de São Paulo e fazia campanha
que foi vitoriosa ao governo de São Paulo. Criou o símbolo da vassoura para sua
campanha com a qual dizia que iria limpar a cidade da corrupção e o slogan era
"A vassoura que varreu a Capital varrerá o Estado". Falaram no
comício além de Jânio Quadros, José Antônio Borelli, Orlando Zancaner, Antônio
Mastrocola, Porfírio da Paz, Auro Soares de Moura Andrade e Sebastião Pereira.
A votação em Catanduva foi Jânio 3.396, Adhemar 2.861 e Prestes Maia 1.708.
Jânio ganhou a eleição no Estado de São Paulo com 660.264 votos, Adhemar de
Barros teve 641.960 e Prestes Maia 492.518. Jânio teve uma pequena margem de
votos de 1% e os comentários eram que muitos eleitores de Prestes Maia votaram
na última hora em Jânio para derrubar o líder do PSP Adhemar de Barros que
tinha muitos aficionados". (19/05/2016)
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JÂNIO E
ALBERTO ANDALÓ
Jânio em Rio Preto. À sua direita, o prefeito Alberto Andaló |
Alberto
Andaló nasceu em 1916 e foi colega de Jânio no Largo São Francisco. Foi
vereador em Rio Preto mais ou menos na mesma época em que Jânio exercia esse
cargo em São Paulo. Ambos renunciaram a seus cargos para concorrer à assembléia
legislativa, em 1950 e Se elegeram, Jânio com o apoio da capital e Andaló por
Rio Preto.
Jânio
renunciou ao mandato para concorrer à prefeitura de São Paulo em 1953, e,
eleito, renunciou à prefeitura no ano seguinte para concorrer ao governo.
Andaló cumpriu seu mandato de deputado estadual, candidatou-se a deputado
federal em 1954 e ficou na suplência. Assumiu o cargo interinamente algumas
vezes e em 1955 se candidatou a prefeito de Rio Preto. Foi eleito.
Essa foto
não tem indicação de data, mas vemos Jânio com Alberto Andaló à sua direita.
Trata-se de provável visita do governador ao prefeito do município de Rio
Preto. Andaló morreu no exercício de seu cargo, em 2 de novembro de 1959. É
considerado o melhor prefeito que Rio Preto já teve. (20/05/2016)
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JÂNIO E
PAULO KONDER BORNHAUSEN
Paulo Konder, o deputado Dario Salles e Jânio em campanha, em Jaraguá do Sul |
Momentos
vividos com Jânio Quadros
"Fui
amigo de Jânio Quadros bem antes de ele ser Presidente da República. Tivemos
muitas conversas, encontros em São Paulo em sua residência e em casa de amigos,
até o hospedei com a Dona Eloá e a filha Tútú em minha casa em Joinville. Era um homem
culto, inteligente, de raro senso de humor. Uma criatura envolvente e
encantadora, quando expunha suas idéias.
Saía das
nossas conversas embevecido e pensando “agora vamos ter o Presidente que tanto
necessitamos”. Verdade se
diga, abusava da bebida, principalmente o Whisky, até ao exagero, mas fora do
trabalho". Artigo completo no link abaixo. (20/05/2016)
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LACERDA E
JÂNIO
Quando
Brasília se tornou Distrito Federal, a cidade do Rio de Janeiro, que até então
fora a capital do país, se transformou em Estado da Guanabara. Seu primeiro
governador foi Carlos Lacerda, eleito em 1960 com sólido apoio de Jânio, que
por sua vez chegava à presidência no mesmo pleito.
Embora
fizesse um tremendo drama e ameaçasse renunciar por ocasião do episódio da
mala, Lacerda governou até o fim de seu mandato, em 11 de outubro de 1965.
Ontem a
morte de Carlos Lacerda completou 39 anos.
Abaixo um
panfleto trazendo a chancela valiosa de Jânio para a candidatura de Lacerda.
(22/05/2016)
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CASA CIVIL
Estatística
rápida: Em seis anos Dilma teve quatro pessoas na Casa Civil, sendo que os três
primeiros - Antonio Palocci, Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante - são
acusados de participação em escândalos de corrupção. O quarto foi Jaques
Wagner, que passivamente aceitou abdicar do cargo para que Lula fosse blindado
das investigações da Polícia Federal. Empossado no dia 17 de março de 2016,
minutos depois ele teve sua posse sustada pelo juiz Itagiba Catta Preta Neto,
da 4ª Vara do Distrito Federal, pela juiza Graziela Bündchen, da 1ª Vara
Federal de Porto Alegre (irmã de Gisele, curiosamente) e pela juíza Regina
Coeli Formisano, da 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro.
Regina foi
direto ao ponto em seu despacho:
“Ao nomear o
Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, para o cargo de Ministro de Estado Chefe da
Casa Civil da Presidência da República e estando o mesmo sob investigação, na
Justiça Federal do Paraná, acusado de crimes os mais diversos, teve por
objetivo, tão somente, conceder-lhe o foro privilegiado, inerente ao cargo,
tipificando “escolha de Juízo”, incorrendo assim em desvio de finalidade e
ilegalidade do objeto”.
Nos sete
meses em que exerceu a presidência, Jânio teve como Chefe da Casa Civil o
francano Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro (1915/1972). Menor de idade em
1932, falsificou sua carteira de identidade para poder lutar por São Paulo
junto aos constitucionalistas. Formou-se advogado pelo Largo São Francisco. Foi
Chefe da Casa Civil de Jânio no governo de São Paulo e na presidência da
República. Foi Secretário das Finanças do prefeito Faria Lima e encabeçou o
"Grupo Executivo do Metropolitano" que viabilizou, finalmente, a
construção e inauguração do metrô, em São Paulo, do qual foi seu primeiro
presidente. Era homem inteligente, equilibrado e discreto. (22/05/2016)
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JÂNIO E
CARVALHO PINTO EM COLINA - SP
Visita do
governador Jânio e de seu secretário da Fazenda, Carvalho Pinto, ao município
de Colina, SP. Não há indicação de data.
São
recebidos pelo prefeito Fernando Pereira Vianna (1906/1989). (25/05/2016)
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JÂNIO E FERNANDA MONTENEGRO
Há exatos 55 anos
Em maio de 1961, o presidente Jânio Quadros baixou um decreto exigindo a aplicação de lei anterior que estabelecia uma proporcionalidade entre o número de peças nacionais e estrangeiras apresentadas por temporada, nas companhias teatrais. A medida tinha óbvia finalidade de valorizar o autor nacional, e foi recebida com a mais profunda satisfação pela classe artística. Fernanda Montenegro, na época levando multidões ao Teatro Ginástico para assistir a comédia de Feydeau, "Com a pulga atrás da orelha", fez questão de consignar sua felicidade e gratidão pelo gesto do presidente:
"Desde sua posse, o Sr. Jânio Quadros só tem protegido o nosso teatro e sua gente. Começou atendendo à sugestão que lhe fizemos do nome de Clóvis Garcia para a direção do SNT; depois criou a Comissão de Teatro dentro do Conselho Nacional de Cultura e, em seguida, por ocasião dos últimos convênios do Brasil com a Argentina, não esqueceu também do teatro, que foi num deles contemplado com facilidades que permitirão com maior freqüência o intercâmbio dos elencos dos dois países. Com o recente decreto, pois, o presidente dá apenas prosseguimento a uma série de serviços ao teatro brasileiro". (Correio da Manhã, 28/5/1961)
Sem ministério da Cultura. Sem lei Rouanet. Tínhamos um presidente e tínhamos uma classe artística digna, inteligente e operosa. Que trabalhava com sua bilheteria e com seu esforço pessoal, pedindo somente cooperação do governo. Hoje vemos uma sub-classe de parasitas exigindo aquilo que não merecem, produzindo lixo, invadindo próprios estaduais e federais em protestos vazios, inúteis, que incomodam e atrapalham sem nada construir, sem pensar, sem mudar. Ou uma elite que não precisa de qualquer ajuda mas recebe autorização para captar milhões e cobra ingressos de 500 reais.
Outros tempos. (28/5/2016)
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Bernardo Schmidt
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Ver também:
- Pílulas Janísticas - 1
- Pílulas Janísticas - 2
- Pílulas Janísticas - 3
- Pílulas Janísticas - 4
- Pílulas Janísticas - 5
- Pílulas Janísticas - 7
- Pílulas Janísticas - 8
- Jânio - Vida e Morte do Homem da Renúncia - Parte 1
- Jânio - Vida e Morte do Homem da Renúncia - Parte 2
- A biografia de Jânio no Programa do Jô
- O dia em que conheci Jânio
- Dirce "Tutu" Quadros (1943/2014)
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