Inútil falar da carreira de Lélia. De sua Romana e a penca de prêmios que recebeu por essa sua estréia; da Mãe Coragem de Brecht, com direção de Alberto D’Aversa; de Os Ossos do Barão, de Jorge Andrade, com direção de Maurice Vaneau; de sua extraordinária Clitemnestra, para o Agamemnon de Mauro Mendonça, direção da professora da EAD, Maria José de Carvalho; do Ricardo III que fez com Juca de Oliveira sob a batuta de Antunes...
A Romana de Lélia Abramo |
A carreira de Lélia fala por si só, embora ela tenha – voluntariamente ou não – nos últimos anos, sido bem mais lembrada pela sua militância política do que por seu notável trabalho como atriz. Mais do que isso: a ligação umbilical com o PT e sua posse na presidência do SATED acabaram prematuramente com sua carreira de atriz e lhe provocaram uma avalanche de problemas de saúde, quando a Globo a retirou da lista de protagonistas no fim da década de 70. Mas disso ela não tinha como fugir; a militância anarco-esquerdista estava no sangue da atriz, era apanágio da família Abramo. Lélia morreu em abril de 2004, com a alegria de ter visto Lula chegar à presidência da República. Que bom que ela não viveu para ver o que se tornou essa presidência, dentro do aspecto ético e moral que ela tanto prezava e que constituiu a espinha dorsal de sua existência.
Lélia, no programa original de Eles não usam Black-Tie |
O elenco, durante a leitura |
Esse elenco se reunirá para entrar em temporada com Eles não usam Black-Tie a partir de 7 de maio de 2011 no teatro do MUBE, av. Europa, 218. É uma excelente oportunidade para rever esse monumento teatral composto pelo querido e saudoso Gianfrancesco Guarnieri.
Muito bom o seu blog. Parabéns.
ResponderExcluirwww.ofalcaomaltes.blogspot.com
Quem conheceu a atriz, diretora, professora de línguas, militante e pessoa voltada a moral e ética, sabe, que ela foi totalmente injustiçada pela imprensa, pelo Partidos dos Trabalhadores e totalmente esquecida pela sociedade. Quem a conheceu não esquece jamais está grande estrela humanizada. Fecham - se as cortinas e ficam os aplausos!
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