sábado, 28 de maio de 2016

Minestrone Cultural V

BICHAS NOVAS


"Bichas Novas, hamburguesas recebidas diretamente pelo vapor Gironde, vendem-se por atacado e a varejo, e mais em conta do que em outra qualquer parte". (Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, 1871)

Quem poderia dizer que trata-se de anúncio medicinal? As tais "bichas" eram sanguessugas, vindas de Hamburgo, para a realização da proverbial sangria, procedimento medieval utilizado até o início do século XX. (6/2/2016)

RUY


Propaganda de 1917.
O velho estava vivo. Será que aprovou a tal "homenagem"?
Será que foi consultado em relação a isso? (08/03/2016)

CALLAS - UNA VOCE POCO FA

 

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Primeira ária cantada por Rosina no Barbeiro de Sevilha.

Simplesmente sublime. Vendo-a jovem, linda, envolvente, no auge, fazendo o que quer com sua voz sem o mais ínfimo esforço, entende-se o porquê de Callas ser cultuada e amada até hoje. Ela Não tem paralelo.

Ela é a primus inter pares.

(Como gostaria que meu irmão Vicente Adorno enriquecesse este post com sua cultura frondosa e eclética...)

BÉATRICE MONZON - SÉGUEDILLE




Béatrice Uria-Monzon
Foi a interpretação da francesa Béatrice Monzon em uma montagem de Carmen em 1993, transmitida pouco depois pela Globo, que me abriu os olhos para a magnífica ópera de Bizet. Nunca esqueci daquela "Habanera", que considerei tão superiora a outras que assisti antes ou depois.

Béatrice, além da voz maravilhosa, é de longe a Carmen mais linda e sensual que já vi. Maria Ewing vem num segundo lugar distante, mas Béatrice é imbatível.

Neste video ela canta a "Seguedille". A montagem é de 2004, ocorreu durante o Chorégies D'Orange, na França. Ela tem um deslize na primeira frase, mas dali em diante é muito apaixonante. Não importa quem faz Don José, porque é impossível desviar o olhar de Béatrice.

MARKETEIROS DE ANTANHO


1928 - O que pensavam os marketeiros daquela época??? Para anunciar roupas de banho, mostra-se a mulher enforcando uma foca, e ainda preservando a expressão de horror da foca! (31/3/2016)

JERRY E JIM, PAI E FILHO



Recentemente houve um documentário sobre Jerry Lewis. Alguns depoentes interessantes - como Spielberg - misturados a gente como Jerry Seinfeld e Billy Cristal, comediantes simpáticos mas que estão longe de pertencer sequer à liga de gênios como Lewis. O que se notou no documentário não foi a presença de quem quer que fosse, mas justamente a ausência de Jim Carrey, herdeiro presuntivo do humor de Jerry. No fim, em meio aos créditos, um fã se aproxima de Jerry e lhe pergunta: "Is Jim Carrey your son?" Jerry, sempre violento nos one-liners e no contato com fãs e turistas de seus shows, disparou: "I don't know but I fucked his mother a lot!", para o gargalheiro e a surpresa de todos.

No dia 9 de abril, Jerry completou 90 anos. Comemorou a data discretamente com um punhado de amigos no distinto Friars Club de Nova York. De repente um rapaz se aproxima e o cumprimenta. Jerry, visivelmente surpreso, ainda pergunta: "Are you?...", ao que Jim atalha, rapidamente: "Yes, you're the one that fucked my mother!"

Esse encontro estava fazendo falta.
Reis da comédia. Ouro puro. (12/04/2016)

ENTRARAM PELO CANNES



Eu não agüento, rsrsrs... adoro protestos em Cannes. Sobretudo aqueles em que Sônia Braga e um bando de desconhecidos erguem folhas de papel sulfite improvisadas com mensagens alarmistas de golpe de estado, acompanhadas de um sorriso triunfante e feliz...

#‎VergonhaAlheia (17/05/2016)

CARSON E LETTERMAN



Carson e Letterman, 1988
Lembro-me de minha tristeza quando Carson se aposentou, em 92. Era uma das maiores figuras da TV e considerado - à época e ainda hoje, mais de dez anos após sua morte - o maior apresentador de talk-shows de todos os tempos. Havia, porém, um consenso de que sua carreira atingira ápice insuperável e a comemoração de seus 30 anos no comando do The Tonight Show era uma boa oportunidade de parar sem deixar o topo. Soube depois que a saúde também representou fator decisivo em sua despedida.

Desavindo com Jay Leno, sucessor que a NBC lhe apontou a despeito de sua escolha pessoal - Dave Letterman - Carson vingou-se não aparecendo jamais no programa de Leno. Pior do que isso: sua última aparição televisiva foi no programa de Letterman, que não tolerou sua preterição por Leno e deixou a NBC pela CBS.

Carson fez seu último Tonight Show em 22 de maio de 1992. Letterman fez seu último Late Show há exatamente um ano.

Este video, com a última aparição televisiva de Carson no programa de Letterman, foi no dia 13 de maio de 1994.

Uma cena antológica e inesquecível. (24/05/2016)

FILMES

SHOOTER (2007)

Kate, em "Shooter". Como diria Sammy Davis, "where are the words"'...

Pausa nos filmes do Oscar para assistir "Shooter" com nove anos de atraso, por indicação de meu bom mano Leandro. Trama interessantíssima, na qual sargento atirador é cooptado por agência obscura do governo norte-americano para arquitetar a proteção do presidente contra possível atentado. Acaba se vendo em meio a uma intrincada conspiração nos moldes da sofrida por Lee Harvey Oswald.

Mark Whalberg encabeça o elenco, mas o prazer fica por conta de rever Danny Glover e Ned Beatty. Também não machuca ver Rhona Mitra no papel de agente do FBI.

Mas o filme vale mesmo é pela presença de Kate Mara, que nem precisava ser a ótima atriz que é, sendo tão extraordinariamente linda. Cada cena de Kate é uma verdadeira visão celestial. (14/1/2016)

VICTORIA (2015)


Sensacional.

Duas horas seguidas, sem um único corte, na vida intensa da espanhola Victoria, na madrugada de Berlin.

Direção arrojada, ótimos atores, história simples e envolvente.

Recomendo. (17/12/2015)

LOLA RENNT


Com 18 anos de atraso assisti "Corra, Lola, Corra", de Tom Tykwer.

Comentário único: Impossível não amar Franka Potente. (07/05/2016)

THE BROADWAY MELODY (1929)


Estudando para escrever sobre os dois musicais de Carmen Santos na década de 30, resolvi fazer algo que venho adiando há pelo menos dez anos: assistir o primeiro musical norte-americano, The Broadway Melody, de 1929.

Da esquerda, Anita Page, Bessie Love
e Charles King

Como conheço profundamente a trilha sonora de Nacio Brown e Arthur Freed (parte dela usada em "Singin in the Rain", 22 anos depois), minha expectativa era alta. O filme superou essas expectativas. É um verdadeiro deleite do início ao fim. Nos primeiros três minutos do filme meu coração já cantava Broadway Melody com Charles King e Nacio (incógnito) no piano. Uma coisa envolvente, bem-feita, bem urdida, bem ensaiada.

Acresça-se a lindíssima e adorável Anita Page, a talentosa e carismática Bessie Love, um roteiro divertido e enxuto e números musicais que não chegavam a ser primorosos, mas eram indicativos do progresso cinematográfico trilhado até lá.

O Brasil nunca alcançou essa excelência no cinema. Nem na Cinédia, nem na Atlântida, nem na Vera Cruz. No teatro de Revista, talvez. Ou em novelas.

Recomendo para os verdadeiros fãs de musicais. (04/04/2016)

SEN TO CHIHIRO NO KAMIKAKUSHI

Acabo de assistir "A viagem de Chihiro", 千と千尋の神隠し ou até "Spirited Away", título em inglês através do qual encontrei um cópia boa em torrent (com o áudio original, evidentemente).

ESPETACULAR.

Explica-se facilmente por que foi Urso de Ouro no Festival de Berlim de 2002 e Oscar de Melhor Animação em 2003. Merecia ter concorrido a melhor filme, mesmo. E certamente à melhor trilha sonora, que é uma das mais lindas que ouvi ultimamente.

O filme de Hayao Miyazaki é, com todo o mérito, a maior bilheteria do cinema japonês em todos os tempos. (03/04/2016)

GAKE NO UE NO PONYO


Seguindo o ciclo de Hayao Miyazaki, depois de "Sen to Chihiro no kamikakushi" (2001) e "Hauru no ugoku shiro" (2004), assisti "Gake no ue no Ponyo", de 2008.

Absolutamente maravilhoso. Está começando a ficar chato falar sobre os desenhos de Miyazaki porque não há outros adjetivos que descrevam melhor a excelência do japonês em contar histórias infanto-juvenis com uma abordagem tão universal, lúdica, que encanta qualquer idade. "Ponyo" - na absoluta simplicidade de sua história - é uma sucessão quase ininterrupta de algumas das cenas mais lindas, mais cheias de sensibilidade e de beleza que já tive a oportunidade de assistir. Como não se emocionar com a felicidade de Ponyo correndo sobre as ondas, o encontro de seus pais, a cena final... poderia citar dezenas. 


Miyazaki se baseou na "Pequena Sereia" de Hans Christian Andersen e na lenda japonesa "Urashima Taro". Como artista superior que é, melhorou cada uma delas e criou sua própria fábula moderna.

Diz ele que se inspirou no filho para criar o menino Sôsuke. Gostaria de saber em quem ele se inspirou para criar Ponyo, que emociona da primeira à última cena. É certamente uma das personagens mais extraordinárias e cativantes de todos os tempos, seja da literatura ou do cinema infanto-juvenil.

Sem palavras. Há que assistir imediatamente. (30/04/2016)

NECROLÓGIOS

LEMMY



Não consigo imaginar maneira melhor de homenagear esse titã do Heavy Metal, esse velho e querido ogro que nos deixou ontem, aos 70 anos, do que compartilhando com vocês a música que chamou inicialmente minha atenção para o Motorhead, lá pelos idos de 84, 85.

Para os mais velhos, não será só uma viagem à década de 80, mas também uma lembrança do programa de clipes, "Realce", da Gazeta, que utilizava cenas do clipe de Iron Fist em sua abertura.

Por fim fica também a homenagem a Phil "Philthy Animal" Taylor, o baterista do Motorhead, que morreu no dia 11 de novembro deste ano. (29/12/2015)

BOWIE



Absolute Beginners é um filminho bobo lançado em 1986. Nunca assisti. Mas a música tema é de David Bowie e foi um grande sucesso nas rádios. Eu já ouvira o camaleão antes em Let's Dance, de 1983, mas foi com Absolute Beginners que realmente o conheci. Antes de Ziggy, antes de Heroes, antes de Under Pressure.

Eu tinha 14 anos, no auge da minha adolescência, e aquela música me transportou (e ainda transporta) por viagens maravilhosas que me tornaram fã de Bowie para sempre.

Descanse em paz.
E OBRIGADO. (11/1/2016)

SEVERINO



Minha alma está de luto.
Morreu Severino Filho, líder e arranjador dos Cariocas.
Chora a MPB de qualidade. Chora o talento. Chora a humildade dos gênios.
Choram as almas sensíveis, amantes da boa música.
Só não chora o grande resto deste lixo de país, que não tem idéia do gigante maravilhoso que foi o maestro Severino Filho. (01/03/2016)

Segue um pequeno texto que escrevi em 2011 para explicar como entrei em contato com o universo dos Cariocas:

Capa da fita com "o melhor de" Os Cariocas
"1989 - Compro na Hi-Fi duas fitas K7 de aniversário para minha mãe. Eu ia dar uma e meu irmão, a outra. Uma delas é a trilha sonora nacional da novela das oito, "O Salvador da Pátria". A outra é um obscuro "o melhor de" com capa horrorosa, de um grupo que ouvi no rádio certa vez, e que minha mãe elogiou efusivamente como sendo um dos grupos mais famosos do início da década de 60, quando ela chegou ao Brasil. Ao ver as duas fitas, meu irmão riu da fita com "o melhor de" e imediatamente sentenciou: "Eu dou a trilha". Aceitei numa boa, meio que já prevendo o que aconteceria. E assim foi. Minha mãe ficou enlouquecida e quase chorou ao ver a fita dos Cariocas. Já a trilha da novela foi ouvida uma vez, por respeito à belíssima "Jade" de João Bosco, e relegada ao esquecimento eterno. Quando minha mãe cansou de ouvir a fita, eu a surrupiei e praticamente a destruí de tanto ouvir. E mudou minha vida. Curioso o que uma simples e preciosa dica materna pode fazer". (26/04/2011)

Encontro com Quartera e Severino no show dos Cariocas no Jazzmania, em 14/07/1989

TEREZA RACHEL

Tereza e Paulo Autran em Édipo, 1966, direção de Flávio Rangel
Tereza subiu aos céus, aos 82 anos. Era nossa melhor atriz trágica, desde Itália Fausta. Certamente muito superior à Itália, que vinha da escola declamatória do século XIX.

Recordo-me de que certa vez a Globo fez uma brincadeira com ela, pedindo-lhe que dramatizasse a leitura da lista telefônica. Jamais esquecerei. Ela lia os nomes, os endereços e os telefones entre gargalhadas histéricas e ataques convulsivos de choro. Absolutamente genial.

Geniosa, temperamental. Tinha uma personalidade quase tão grande quanto seu talento. Era realmente única. Sofreu o inferno quando seu marido ocupou o ministério da cultura do governo Collor. Sua carreira - modelar, irrepreensível - não voltou mais aos trilhos desde então. Foi vítima inocente. Por proxy. Não merecia.

Que bom poder tê-la enchido de abraços e beijos quando a encontrei no SESC Consolação, há alguns anos, junto a Gabriel Vilela, Beatriz Segall e José Rubens Chachá. E que pena que ela não recebeu nem sombra do reconhecimento que mereceria. Que lhe era devido pelo público, pela imprensa e pela classe artística. Por ter sido o que foi para o Teatro Brasileiro.

Com Gabriel Vilela, Chachá e Tereza

Pelo menos temos sua Valentine de "Que rei sou eu?" para lembrar e rir de vez em quando.

Vá em paz, Rainha. (04/04/2016)

PRINCE



Prince e Apollonia em um show, na década de 80
Há dois meses se foi a maravilhosa Vanity, e hoje foi o Prince. Para que os mais novos entendam o estado de desolação que estamos todos nós, dessa geração, é preciso saber que na década de 80 houve três divindades do pop: Prince, Michael Jackson e Madonna.

Conhecia Michael por Billy Jean desde 84 e de vez em quando o Som Pop passava o clip de 1999, do Prince, mas fui conhecê-lo mesmo quando assisti "Purple Rain" nos Estados Unidos, em 1985, e nunca esquecerei o que senti. Em primeiro lugar, adorei as músicas. Em segundo, invejei Prince por tocar guitarra, por saber dançar, por ser insanamente cool, e acima de tudo, pelo romance que ele mantinha com a atriz Apollonia Kotero, no filme (e certamente na vida real). Para aqueles que freqüentaram meu quarto na longínqua década de 80, lembrarão de dois posters de Apollonia em tamanho natural, nas paredes.

Minha amada Apollonia, na famosa cena de Purple Rain

Continuei admirando-o ao longo dos anos, mesmo quando parecia que ele tinha pirado, com aquela história de mudar o nome. Não achei nada de sua tão decantada trilha sonora para o "Batman" de Tim Burton, mas quando ele veio ao Brasil, em 91, foi tão encantador durante o show que compreendi o que todos sabiam: ele podia fazer o que quisesse, até mesmo desaparecer por anos a fio, e seguiria sendo amado e cultuado.

Sua morte é uma surpresa triste. Vou celebrar sua vida e sua magnífica obra compartilhando com vocês o clipe de "Let's go crazy", que era promocional de "Purple Rain". Acabo de revê-lo, depois de muitos anos. O prazer é o mesmo. E meu amor por Apollonia segue inabalável.

Bernardo
PS - Procurei esse video no Youtube e não houve Cristo que me fizesse encontrar. Por isso compartilhei de um site qualquer que nos deu a benção de fazer o upload de "Let's go crazy" em sua versão original. (21/04/2016)

FARO

Fernando Faro
Ah, Baixo... criador do MPB Especial, do Ensaio... mais do que responsável pela divulgação de nossa melhor música, Baixo é responsável pela oportunidade que temos hoje de poder ver, vivos, cantando e falando, praticamente 100% dos nossos ícones musicais. Impossível citar um... são jóias múltiplas... Cyro Monteiro, Braguinha, Nássara, Jackson do Pandeiro, Roberto Martins, Nelson Cavaquinho, Vinícius... seu programa com Tom, "As Nascentes", é obra-prima de nossa televisão...

Encontrei o Baixinho uma vez só, em 94 (creio), no "Brasileiro Profissão Esperança" que Bibi fazia com Gracindo Jr. Abracei-o, agradeci por sua contribuição gigante, imensurável à nossa memória musical. Falamos de Isaurinha Garcia, que morrera há pouco. Perguntei-lhe por que tudo isso não estava em video, ainda. Explicou-me que a burocracia era intransponível. Direitos autorais teriam que ser pagos a milhares de pessoas. Pelo menos enquanto um patrocinador graúdo não se envolvesse, era impossível. Isso é Brasil.

Durante os dez anos do Orkut tive uma comunidade para o programa "Ensaio" que fiz questão de batizar "Ensaio - Fernando Faro". Não queria homenagear o programa e manter seu maravilhoso idealizador anônimo. Mas é a sina do grande incentivador e promotor cultural. Faro é um dos maiores, nessa lista de beneméritos praticamente desconhecidos do grande público; pessoas a quem devemos tanto e nem sabemos; pessoas que deram e ainda dão a vida para que nós possamos conhecer melhor a nossa própria cultura. Faro, Julio Lerner, Jurandyr Noronha, Orlando Miranda, Simon Khoury, Miguel Nirez...

Descanse em paz, Baixinho.
Muito, MUITO obrigado por tudo. (25/04/2016)

ELIS E CAUBY



"Bolero de Satã", de Guinga e Paulo César Pinheiro, é a unica música que Cauby e Elis gravaram juntos. A interpretação deles é simplesmente sublime, e outra coisa não se esperava daqueles que são convencionalmente considerados melhor cantor e cantora brasileiros de todos os tempos.

Graças à Internet podemos ouvi-los não apenas cantando, mas em alguns momentos do ensaio, conversando, cantarolando, brincando e rindo.

Alimento anímico. (28/04/2016)

Fiz esse post sobre "Bolero de Satã" quinze dias antes do amado Cauby subir aos céus. Foi um artista superior e um ser humano maravilhoso até o fim. Obrigado, amado Cauby!
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