A
biografia de Jânio era uma imposição da bibliografia política brasileira. Logo
atrás de Getúlio, o mato-grossense foi o presidente sobre quem mais se
escreveu, só que enquanto o primeiro tem sido objeto dos mais variados esboços
biográficos, os livros acerca de Jânio carecem de valor documental e histórico.
Poderíamos, aliás, passar horas analisando como são poucos os verdadeiros
estudos de valor acerca de nossos presidentes, e as razões para que se cuide
com tal desmazelo a vida desses grandes políticos. Desde aqueles que foram tema
de apologias, como Wenceslau e JK, passando por outros pesquisados apenas por
seus parentes – Hermes e Epitácio – recebendo, portanto, a absolvição sumária
de seus pecados, até chegarmos ao aspecto mais doloroso: os presidentes que não
têm até hoje suas vidas em letra de fôrma porque os autores não encontraram
ressonância junto ao governo ou às editoras – comerciais e estatais – para o
lançamento de seus projetos.
São célebres os casos de Dutra, que teve o primeiro volume de sua biografia (Marechal Eurico Gaspar Dutra – O Dever da Verdade. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1983, organizado por dois genros de Dutra, Mauro Renault Leite e Novelli Jr., a partir de memórias deixadas pelo próprio ex-presidente) publicado com o patrocínio do Exército, e o volume conclusivo engavetado para sempre quando o Exército encerrou o patrocínio; e o de Washington Luís, cuja biografia (Washington Luís – 1869/1924. São Paulo, Imprensa Oficial, 1994 e Washington Luís – 1925/1930. São Paulo, Imprensa Oficial, 2002) não está completa porque a Imprensa Oficial de São Paulo não se digna a publicar de uma vez o terceiro e último volume do monumental esforço de Célio Debes, terminado há mais de dois anos. Nos Estados Unidos, praticamente todos os presidentes foram objeto de pelo menos quatro ou cinco biografias extensas, e isso quando não lançaram seus próprios livros de memórias, outro costume que não nos alcançou, infelizmente.
No Brasil é raro encontrar investigações biográficas sobre qualquer presidente, e não causa espécie que venham com atraso exemplar, caso de Afonso Pena, cuja vida só foi contada em detalhes no belo trabalho de Américo Lacombe (Afonso Pena e sua época. Rio de Janeiro, José Olympio, 1986), publicado quase 80 anos após a morte do velho Conselheiro.
Neste momento falemos somente de Jânio. Ao contrário do que se imagina, o ex-presidente até hoje não recebeu uma biografia. A pobreza de títulos referentes aos nossos presidentes (bem como a governadores e prefeitos) e os trabalhos de pesquisa meramente jornalística, sem aprofundamento histórico deram margem à confusão entre biografia e “perfil biográfico”. O primeiro gênero é de pesquisa metódica, criteriosa, técnica, longa, que vai da centena de depoentes até o exame de documentos, jornais e livros. Divide-se a vida do biografado nas diferentes etapas de sua existência e de suas atividades políticas e parte-se para o detalhamento de cada uma delas. Foi o que Raimundo Magalhães fez com Deodoro, o que Afonso Arinos fez com Rodrigues Alves e o que Silveira Peixoto e Barreto do Amaral fizeram com Prudente de Moraes, entre poucos outros.
O segundo gênero é um resumo da vida
do biografado. É uma condensação de momentos marcantes, uma coleção de
manchetes, um clipping. É o que Cyro Silva fez com Floriano, o que Celso
Peçanha fez com Nilo Peçanha (primo de seu pai), o que Paulo Amora fez com
Bernardes e o que três autores, especificamente, fizeram com Jânio. Vera Chaia
(A Liderança Política de Jânio Quadros
(1947-1990). Ibitinga, Humanidades, 1991) realizou um bom trabalho mas
concentrou-se nos cargos políticos e não varejou a vida pessoal. Ricardo Arnt (Jânio
Quadros – O Prometeu de Vila Maria. Rio de Janeiro, Ediouro, 2004) foi
menos acadêmico mas manteve-se na superfície. E Gabriel Kwak (O Trevo e a
Vassoura – Os destinos de Jânio Quadros e Adhemar de Barros. São Paulo, A
Girafa, 2006) traçou os perfis de Jânio e Adhemar, contando com alguns
depoimentos bastante valiosos. O que temos, além desses títulos, são dezenas de
livros que se fixam na presidência, na renúncia, nos bilhetes, nas campanhas ou
num leque que vai do encômio à objurgatória, ridicularizando, incensando, dando
vazão a admirações incontidas ou às desforras pessoais. Alguns, malgrado a
parcialidade, trazem fatos que elucidam uma ou outra passagem da vida de Jânio;
outros são mera picaretagem. Em geral, nenhum deles acrescenta algo novo àquilo
que já se cristalizou na mente do povo em relação ao “homem da vassoura”. Este
é o primeiro grande problema:
São célebres os casos de Dutra, que teve o primeiro volume de sua biografia (Marechal Eurico Gaspar Dutra – O Dever da Verdade. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1983, organizado por dois genros de Dutra, Mauro Renault Leite e Novelli Jr., a partir de memórias deixadas pelo próprio ex-presidente) publicado com o patrocínio do Exército, e o volume conclusivo engavetado para sempre quando o Exército encerrou o patrocínio; e o de Washington Luís, cuja biografia (Washington Luís – 1869/1924. São Paulo, Imprensa Oficial, 1994 e Washington Luís – 1925/1930. São Paulo, Imprensa Oficial, 2002) não está completa porque a Imprensa Oficial de São Paulo não se digna a publicar de uma vez o terceiro e último volume do monumental esforço de Célio Debes, terminado há mais de dois anos. Nos Estados Unidos, praticamente todos os presidentes foram objeto de pelo menos quatro ou cinco biografias extensas, e isso quando não lançaram seus próprios livros de memórias, outro costume que não nos alcançou, infelizmente.
No Brasil é raro encontrar investigações biográficas sobre qualquer presidente, e não causa espécie que venham com atraso exemplar, caso de Afonso Pena, cuja vida só foi contada em detalhes no belo trabalho de Américo Lacombe (Afonso Pena e sua época. Rio de Janeiro, José Olympio, 1986), publicado quase 80 anos após a morte do velho Conselheiro.
Neste momento falemos somente de Jânio. Ao contrário do que se imagina, o ex-presidente até hoje não recebeu uma biografia. A pobreza de títulos referentes aos nossos presidentes (bem como a governadores e prefeitos) e os trabalhos de pesquisa meramente jornalística, sem aprofundamento histórico deram margem à confusão entre biografia e “perfil biográfico”. O primeiro gênero é de pesquisa metódica, criteriosa, técnica, longa, que vai da centena de depoentes até o exame de documentos, jornais e livros. Divide-se a vida do biografado nas diferentes etapas de sua existência e de suas atividades políticas e parte-se para o detalhamento de cada uma delas. Foi o que Raimundo Magalhães fez com Deodoro, o que Afonso Arinos fez com Rodrigues Alves e o que Silveira Peixoto e Barreto do Amaral fizeram com Prudente de Moraes, entre poucos outros.
1 – Todos os livros a respeito de Jânio utilizam
a mesma fonte para sua gênese: os trabalhos pioneiros de Viriato de Castro (O Fenômeno Jânio Quadros. São Paulo,
edição do autor, 1957/59), de José Yamashiro (Jânio – Vida e carreira política do presidente. Porto Alegre,
Livraria Lima, 1961) e de Castilho Cabral (Tempos
de Jânio e outros tempos. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1962).
São favoráveis a Jânio, de uma forma ou de outra, mas abriram a picada.
Yamashiro estudou a infância (no que contou com a ajuda do jornalista Milton
Cavalcanti) e conhecia Jânio desde que trabalhou como tradutor juramentado em
seu escritório de advocacia. Viriato resenhou a vida acadêmica e os cargos
públicos da vereança à eleição presidencial, com o adendo valioso de ter
entrevistado os pais de Jânio. E Castilho, por fim, faz um relato rico e
envolvente de suas experiências no primeiro escalão janista de 54 a 62. Embora
sejam bons trabalhos, cada um à sua maneira, estão completamente datados,
desatualizados, e mesmo assim acabaram por estabelecer uma espécie de teto para
o que se conta sobre os primeiros 45 anos do ex-presidente. Com efeito, os
pesquisadores e jornalistas que vieram depois não se deram ao trabalho de
verificar e expandir as fontes primárias – cuidadosamente deixadas no
esquecimento por Viriato, Yamashiro e Castilho, para não descortinarem
tragédias familiares e demais questões controversas que poderiam prejudicar
Jânio – e não ultrapassaram jamais aquilo que foi originalmente pesquisado e
divulgado pelos três, no período que vai de 1917 a 1962.
2 – Como conseqüência, pode-se dizer com
segurança que a vida de Jânio era – até agora – desconhecida. Tínhamos duas
pesquisas relativamente pasteurizadas e feitas para enaltecer o ex-presidente,
e as memórias de um correligionário devotado. Nada sobre a família Quadros,
nada sobre a família Silvano da Silva (mãe de Jânio), nada sobre as múltiplas
atividades acadêmicas e políticas de Gabriel Quadros (pai de Jânio) ou seu
envolvimento com o MMDC, nada sobre o parentesco torto com o governador
paranaense Affonso Camargo, nada sobre a irmã de Jânio, e – o que mais
impressiona – nada sobre o assassinato de nada menos que três de seus tios,
começando com Janguito em 1926, passando por Marcílio em 1932 e terminando com
Miguel, em 1937, no mesmo dia em que foi decretado o Estado Novo. Ignorar o tio
Miguel, como ocorreu até hoje, é ignorar a pessoa que incutiu em Jânio o gérmen
da advocacia – Miguel foi um dos mais proeminentes e beneméritos advogados de
Ponta Grossa e de todo o Paraná – e o gérmen da política – o tio de Jânio foi
correligionário de Ruy Barbosa na campanha civilista e fazia parte do PR
paranaense. Outra pessoa de importância fulcral e que não mereceu até hoje uma
única linha de reconhecimento, na formação pública de Jânio, é José Adriano
Marrey Jr. Tal se deve não só ao fato de que a extraordinária vida legislativa
de Jânio não foi jamais perscrutada por quem quer que seja (e que será também
finalmente contada em minúcias e centenas de fatos inéditos no segundo volume
desta biografia), mas à triste constatação de que quem se debruçou sobre a vida
do ex-presidente deixou passar pistas preciosas, como aquela dada por Miguel
Reale em suas Memórias (São Paulo, Saraiva, 1986), quando fala sobre o
fato de Jânio ter feito parte do Conselho Consultivo do Partido Popular
Sindicalista – também citado por Aureliano Leite ainda na década de 60, em suas
memórias (Páginas de uma longa vida.
São Paulo, Martins, 1966) – ponta do fio de um novelo indispensável para que se
historie todo esse período. Com isso entramos no terceiro grande problema:
3 – É notável a falta de atenção de alguns dos
biógrafos de Jânio: há centenas de exemplos, a começar pelo que se viu acima,
do PPS de Marrey e Miguel Reale. O mesmo, aliás, se pode dizer de todas as primeiras
filiações partidárias de Jânio, sobre as quais reina a mais acachapante
confusão. Seguindo a memória lamentavelmente embotada de Vianna de Moraes, Vera
Chaia colocou em seu livro que Moraes “e outros companheiros, entre os quais
Jânio Quadros, organizaram o diretório distrital da UDN no bairro de Vila
Mariana”. Errado. Jânio e Vianna não organizaram coisa alguma, muito menos o
diretório da UDN em Vila Mariana, seção das mais prestigiosas em todo o
município, e reduto histórico e tradicional, desde a época do Partido
Democrático, nos anos 20, do historiador e político Aureliano Leite. Ricardo
Arnt elabora sobre o erro e declara que “embora fosse membro do diretório da
UDN, Jânio procurou a legenda do Partido Democrata Cristão”. Errado três vezes.
Jânio não era membro do diretório; sua filiação era informal e durou semanas;
não foi da UDN para o PDC e sim para o PPS, acompanhando Marrey (rejeitado pela
UDN) e também não “procurou” nada; foi cooptado por um membro do diretório
paulista do PDC, que o convidou a concorrer à Câmara. Gabriel Kwak refunde o
erro dos dois primeiros e inverte as datas. Diz, referindo-se a Jânio, que “o
jovem professor começou a freqüentar as reuniões de um certo Partido Popular
Sindicalista, de cujo Conselho Consultivo fez parte. A obscura organização,
entretanto, teve vida curta. Depois se aproximou do diretório da UDN do bairro
de Vila Mariana”. Errado duas vezes. O PPS não tinha nada de obscuro, foi
fundado por dois dos políticos mais respeitados de São Paulo e elegeu um senador
e quatro deputados federais nas eleições de dezembro de 1945, o melhor
resultado entre as pequenas agremiações partidárias. E, como já se viu, Jânio
não foi do PPS para a UDN, e sim o contrário.
Gabriel Quadros, o pai de Jânio |
Autor mais antigo houve, em livrinho de ódio a Jânio,
que afirmou não ter ele jamais se definido “claramente” em relação a Getúlio.
Tal baboseira só se explicaria pela preguiça ostensiva de pesquisar com
seriedade. O pai de Jânio não só era ligado profissional e pessoalmente à
oligarquia política paranaense, como chegou a ser até preso quando estourou o
golpe de 1930; a suspeita do assassinato de Miguel Quadros recaiu sobre Manoel
Ribas, cupincha de Getúlio no Paraná durantes os 15 anos de ditadura; nos
primeiros anos de sua carreira política, na Câmara, Jânio fez críticas
duríssimas a Vargas e os ataques só terminaram quando o ditador convidou o
jovem vereador para uma visita à São Borja, que ocorreu no início de 1950. A
partir daí Jânio parou com as críticas que envolvessem o nome de Getúlio, por
quem passou a ter simpatia, mas não poupou ou defendeu em nenhum momento as atrocidades
do Estado Novo. E consumado o suicídio os comentários de Jânio, como de 90% dos
maiores detratores de Getúlio, passaram a vir recheados de comiseração e
piedade pelo gesto extremo. Eis uma análise rápida de Jânio, o homem, e de
sua opinião a respeito do ditador. Mas o autor referido, em sua parcialidade e em sua
perene superficialidade, baseou suas declarações nas conflitantes filiações
partidárias de Jânio. Erro infantil. Uma coisa é analisar a incoerência, o
oportunismo e o desprezo do mato-grossense pelos partidos, e outra bem
diferente é analisar o que ele de fato pensava em relação a Vargas.
Outro caso emblemático é
a idiotice de que Jânio só conseguiu uma suplência para vereador em sua
primeira eleição, o que não é dito por nenhum dos três autores pioneiros.
Viriato de Castro afirma textualmente que o mato-grossense “foi eleito
vereador, obtendo 1.707 votos. Foi um dos últimos. Quase que não consegue
votação necessária. Mais de 40 vereadores tiveram maior votação que ele”. Está
absolutamente correto, essa foi a votação exata e Jânio realmente foi o 41°
mais votado, numa Câmara de 45 vereadores. O erro, porém, é perpetrado pelos
três autores contemporâneos que escreveram os perfis de Jânio. Ao invés de uma
checagem corriqueira a qualquer jornal da época, ou, melhor ainda, às
declarações do próprio Jânio sobre o assunto no Pasquim, em 1977
(leitura obrigatória para o mais diletante dos pesquisadores), os biógrafos
posteriores preferiram confiar em um erro grosseiro disseminado por jornais na
década de 70 e pela retentiva duvidosa de um ou outro entrevistado. Isso
começa, por sinal, na incapacidade desses autores de compreender dois momentos
específicos:
2 – Há uma confusão tenebrosa entre: a) A cassação do
registro do Partido Comunista (maio de 1947) – que impossibilitou o partidão de
constituir uma chapa para as eleições municipais de novembro mas não impedia
que os parlamentares comunistas eleitos continuassem a exercer os mandatos em
suas respectivas casas legislativas; b) A anulação da diplomação dos vereadores
e prefeitos comunistas eleitos pelo PST (31 de dezembro de 1947) – que deve ser
a cassação a que os escritores querem se referir, embora nada saibam a
respeito, e ela nada tenha a ver com Jânio – e c) A cassação efetiva do mandato
dos comunistas eleitos em dezembro de 1945 e janeiro de 1947 (a chamada “Lei
Ivo D’Aquino”, em 7 de janeiro de 1948), que só ocorreu uma semana depois dos
vereadores tomarem posse oficialmente. Dizer, como certo autor, que “em 1947,
eleito suplente de vereador pela legenda do Partido Democrata Cristão, assume o
mandato devido à cassação dos candidatos do Partido Comunista, então colocados
na ilegalidade” é cometer três erros crassos em uma única frase. Jânio não se
elegeu para uma suplência, não assumiu seu mandato em 1947 e não chegou à
Câmara pela cassação de quem quer que fosse. O que resulta desse tipo de
incompetência é que biografar Jânio não consiste apenas em contar sua história,
mas em corrigir os inúmeros erros cometidos por escritores desinformados ou
desatentos.
Reconstruir a vida de Jânio desde sua “pré-história”,
considerando que o próprio não demonstrou interesse maior em perpetuar o que
quer que fosse, requeria aquilo que nenhum de seus biógrafos e exegetas fez, de
fato: PESQUISA. Pesquisa em livros imparciais e de conteúdo, em jornais
diferentes das mais variadas épocas, em arquivos e documentos até hoje
ignorados ou relegados ao descaso pela dificuldade de acesso. Não a pesquisa em
livros exaustivamente citados, não a pesquisa em jornais ou revistas atuais,
que trazem resumos apinhados de equívocos e interpretações pessoais ou
subjetivas, e não a pesquisa com teóricos que têm sempre na ponta da língua o
script do materialismo histórico ou dialético para explicar qualquer coisa.
Contar a história de Jânio é contar a história de um personagem e sua época, e
não a história de uma época e seu personagem. Jânio não é produto sociológico
de seu tempo; é produto da família disfuncional que o gerou e o educou. Sua
formação intelectual e suas inclinações políticas não são fruto do período em
que viveu, e sim da mentalidade individual de qualquer ser humano determinado e
de personalidade forte. Ao contrário de Getúlio, frio e abúlico, que chegou ao
governo do Rio Grande por indicação, liderou a Aliança Liberal por exclusão e
assomou à presidência por uma quartelada que ele assistiu de camarote, Jânio
fez seu destino sozinho, e o teria feito qualquer que fosse a época. Seu
populismo é atemporal. Enfim, conhecer a vida de Jânio é pesquisar sua vida, as
pessoas com quem ele conviveu dentro e fora da política e não as causas,
conseqüências e implicações sociológicas do período em que viveu. É pesquisar
as atitudes paradoxais, aparentemente inexplicáveis, mas, ainda mais, o que o
levou a tais atitudes. É sua personalidade que precisava ser esquadrinhada. E
sem pesquisa, e sem a palavra viva de seus contemporâneos, isso não teria sido
possível. Diria mesmo que o trabalho teria ficado irremediavelmente incompleto
sem uma série longa e significativa de depoimentos.
_________________________________________
Jânio - Vida e Morte do Homem da Renúncia
Vol I: "Um Moço Bem Velhinho"
Bernardo Schmidt
Editora O Patativa350 pgs ilustradas
R$ 30,00 (Frete incluso para todo o Brasil)
Compre através do e-mail editora.opatativa@gmail.com
_________________________________________
Ver também:
_________________________________________
Olá Bernardo! Tudo bem? Espero que sim!
ResponderExcluirParabéns pela magnífica obra, sua contribuição para nossa história é incomensurável!
A propósito, você já tem uma previsão para o lançamento da parte II?
abraços.
Concordo com o comentário acima, o primeiro volume é de muitíssima qualidade e espero o segundo volume
ResponderExcluirMeus caros, obrigado pela gentileza. O segundo volume está quase concluído. Ainda não darei datas, mas espero que seja breve. Abraço!
ResponderExcluir