PRESIDÊNCIA
Um apanhado didático sobre a presidência de Jânio, publicado na Revista do Tico Tico, julho/agosto de 1961. (30/05/2016)
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MINAS, 1960
Linha de frente mineira: José Aparecido de Oliveira, Jânio e Magalhães Pinto. O primeiro, apresentado pelo terceiro ao segundo, se desdobrava pela eleição do segundo à presidência e do terceiro ao governo de Minas. Teve êxito.
Zé foi secretário particular de ambos e uma grande amizade os uniu até a morte de Jânio em 1992 e de Magalhães em 1996. Zé morreu em 2007. (01/06/2016)
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EQUIPE
Reunião do presidente com alguns de seus mais importantes assessores. Sentados, da esquerda para a direita, o Chefe do Gabinete Militar, Pedro Geraldo de Almeida, o chanceler Afonso Arinos, Jânio, o Secretário de Imprensa, Carlos Castello Branco e J. Pereira, que ocupou esse cargo durante o governo estadual de Jânio e trabalhava junto a Castello. Em pé, da esquerda para a direita, Juracy Magalhães Junior, subchefe da Casa Civil, (desconhecido), Araripe Serpa, subchefe da Casa Civil, o Ministro do Trabalho, Castro Neves, e José Augusto Macedo Soares, do Cerimonial da presidência. (02/06/2016)
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JORNADA CÍVICA DA VASSOURA
Janistas e sua dedicação ferrenha à eleição de Jânio, em 1960, utilizando posters, vassouras, calhambeques e ônibus. Um momento inigualável de participação popular. (05/06/2016)
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PAULO DE TARSO
Paulo começou no teatro e passou para a política. Foi deputado federal duas vezes pelo PDC, nomeado prefeito de Brasília na presidência de Jânio e ministro da Educação no governo João Goulart. Nesse período, popularizou o nome de Paulo Freire e teve como chefe de sua assessoria o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho.
Paulo completou 90 anos em janeiro. Na foto, ele e Jânio aparecem em evento da viagem de campanha à Cuba, em 1960. (09/06/2016)
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1959 - JK e JQ
(16/06/2016)
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MPJQ
Fachada do edifício que abrigava o MPJQ, Movimento Popular Jânio Quadros, fundado pelo parlamentar paulista Carlos Castilho Cabral, na Rua Almirante Barroso, 22, Rio de Janeiro, com a kombi do movimento estacionada em frente. (18/06/2016)
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JÂNIO E MAGALHÃES
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JÂNIO, ZÉ E EMÍLIO CARLOS
1960 - Zé Aparecido, Dona Eloá, Emílio Carlos e Jânio. O mineiro acabava de chegar e já se tornara valioso assessor. Eloá esteve ao lado do marido em todas as campanhas.
Mas Emílio é um caso à parte. Companheiro de Jânio nas estrepolias diurnas e noturnas, ele foi um dos maiores palanqueiros da política brasileira. Teve com Jânio suas idas e vindas e nem sempre estiveram juntos. É, contudo, difícil pensar nos dois em campos opostos. (22/06/2016)
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JÂNIO E SARNEY
Em audiência com o então presidente Sarney, provavelmente em 1987. Ter Quércia no governo e Sarney na presidência - dois antigos aliados - permitiu a Jânio realizar grande parte de seu plano de governo e das obras que pretendeu para São Paulo, em seu último mandato. (28/06/2016)
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JÂNIO E O PASQUIM
Utilizei muito a entrevista do Pasquim no primeiro volume da biografia de Jânio. Desde a epígrafe do primeiro capítulo, passando pelo trecho em que afirma que sua irmã morreu de uma "moléstia rapidíssima", para não dizer "tuberculose", até o "me elegi comodamente pelo Partido Democrata Cristão", desmentido categórico e irrefutável à imbecilidade que já na época se disseminava, sobre ele ter obtido apenas uma suplência em sua primeira disputa eleitoral, para a Câmara dos Vereadores. Jânio estava descontraído, falador e bem humorado. Os entrevistadores não só o trataram bem, mas em alguns casos - como no de Ziraldo - mostraram reverência. Isso deve tê-lo agradado sobremaneira.
O video acima é de uma série do Canal Brasil que recria as entrevistas utilizando atores. Interpretando Jânio, neste trecho, está o ator Paulo César Pereio. (06/07/2016)
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JÂNIO, ELOÁ E MAGALHÃES - 1960
Sem balões, sem TV, sem mortadela.
Só eles e o povo. (08/07/2016)
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HÁ EXATOS 55 ANOS
O repórter George Torok, da revista O Cruzeiro, leva as fotos da primeira neta de Jânio, nascida em São Paulo, em 18 de julho de 1961, para que o avô possa vê-la, em Brasília.
Testemunhas do fato, da esquerda para a direita, o Chefe da Casa Civil, Quintanilha Ribeiro, o secretário particular José Aparecido de Oliveira, o oficial de Gabinete Juracy Magalhães Junior e o general Pedro Geraldo de Almeida.
O Cruzeiro, 5/8/1961 (18/07/2016)
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HÁ EXATOS 55 ANOS
Jânio "participa" para o Brasil, através de um bilhetinho, o nascimento de sua primeira neta. (19/07/2016)
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OLHO ESQUERDO
O acidente com uma ampola de lança-perfume, que quase cegou Jânio, ocorreu no primeiro lustro da década de 30. Ele passou por operações no Brasil e no exterior para corrigir seus efeitos. Elas até atenuaram um pouco seu estrabismo, mas a cicatriz no olho esquerdo ficou para sempre. (15/07/2016)
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OLHO ESQUERDO (2)
"Jânio não costumava entrar em detalhes sobre o acidente com seu olho, mas foi num baile desse carnaval (1935) que um frasco estourou nas mãos de alguém que estava a seu lado, e um dos cacos do frasco se alojou em seu olho esquerdo". (Jânio, pg. 106) (25/07/2016)
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OLHO ESQUERDO (3)
A principal conseqüência política do acidente de Jânio com uma ampola de lança-perfume foi sua batalha impertérrita pela proibição de sua comercialização. O jornal é de exatos 50 anos atrás, mas o decreto presidencial veio no dia 18 de agosto.
Já na Câmara dos Vereadores, 13 anos antes, Jânio apresentara o primeiro projeto proibindo a venda do lança. Na presidência ele atingiu seu objetivo. (19/08/2016)
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JÂNIO E AVIÕES
Não era segredo para ninguém que Jânio não gostava de viajar de avião, ficava nervoso, inquieto, e se pudesse bebia uma garrafa de whisky inteira para suportar o tranco.
Mas as campanhas exigiam isso, sobretudo a presidencial, de 1960, na qual vemos Jânio e seu amigo fiel e cabo eleitoral Lino de Mattos. (17/08/2016)
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HÁ 55 ANOS
O Diário de Notícias do dia 20 de agosto fala da "grave crise entre Lacerda e Jânio", desencadeada na véspera. Jânio condecorou Che Guevara, e naquela que talvez seja a retaliação mais idiota de todos os tempos, Lacerda deu a chave da cidade a um obscuro líder anti-castrista que flanava pelo Rio, chamado Manuel Varona. (20/08/2016)
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21 DE AGOSTO DE 1961
Quatro dias antes da renúncia
A "Última Hora" de Samuel Wainer noticia o encontro de Jânio com uma missão nigeriana que visitava o Brasil. Enquanto isso a turma do "deixa-disso" tentava acalmar Lacerda, chato e histérico, que gritava e esperneava como uma criança mimada e ameaçava renunciar ao governo do Rio se Jânio não lhe desse a mamadeira.
Jânio estava "efusivo e sorridente". Quem poderia dizer que ele renunciaria dias depois? Quem poderia dizer que naquele momento ele sequer cogitava renunciar? (21/08/2016)
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TRIBUNA DA IMPRENSA
É interessante compulsar antigos volumes da Tribuna da Imprensa, porque lá se vê um Brasil que não existia, a não ser na mente doentia e infeliz de Carlos Lacerda. Algo muito próximo, inversamente proporcional ao que vemos em blogs pagos pelo PT, como o de Luis Nassif e demais veículos daquilo que Marco Antônio Villa, em momento de grande felicidade, batizou de "esgotosfera".
Assim como nesses blogs pagos vemos um Brasil em negação, que não enxerga a implosão do PT, a corrupção de seus dirigentes e fundadores, a desgraça dos últimos treze anos, Lacerda e seus acólitos gritavam esperneavam, se descabelavam e soltavam plumas de medo de uma política externa cujo único defeito era ser democrática e plural. A condecoração a Guevara, então, deve ter levado alguns lacerdistas a cortarem os pulsos.
Acima vemos dois desenhos de Nilde, chargista da Tribuna. No primeiro (23/08/1961) o chanceler Afonso Arinos é o Pilatos que lava as mãos diante da Ordem do Cruzeiro do Sul sendo oferecida a Che. E no segundo (24/08/1961), Nilde brinca com o concurso de bailarinos do Teatro Municipal, acontecendo naquela época, e coloca Jânio como vencedor, vestido de cossaco e dançando uma dança típica russa. (23/08/2016)
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24 DE AGOSTO
Tribuna da Imprensa: Lacerda convoca cadeia de rádio e TV para fazer pronunciamento onde denunciará ter sido cooptado para uma tentativa de golpe pelo ministro da Justiça. Como conseqüência pretende renunciar para "liderar um movimento de oposição à política exterior do governo".
Por que Jânio se deixaria fisgar por uma ameaça tão ridícula, tão canhestra, que só poderia sair da cabeça frustrada e recalcada de Lacerda, ninguém nunca saberá. (24/08/2016)
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GENETON
Lamento profundamente pela morte tão prematura de Geneton Moraes Neto. Seus livros "Nitroglicerina Pura" (com o grande Joel Silveira), e "Dossiê Brasil" me ensinaram muito, quando eu começava a quebrar a pedreira da biografia de Jânio.
Um exemplo de jornalista competente e pesquisador dedicado. (24/08/2016)
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HÁ 55 ANOS
A Tribuna da Imprensa estampa o pronunciamento de Lacerda no dia anterior. Clemente Mariani apressa empréstimo ao Rio. O presidente da Petrobrás, Geonísio Barroso falará com Jânio sobre transferência da sede da Petrobrás para Bahia. Lacerda resolve ficar, "para lutar contra trama golpista". Mais atual, impossível. Como não lembrar de José Nêumanne, quando se refere ao PT como "a UDN de macacão"? Lacerda era um petista de corpo e alma.
Simbólico o início, hoje, dos debates no senado sobre o impeachemt de uma presidente que já deveria ter renunciado faz tempo, justamente na data que marca os 55 anos da renúncia de um presidente que não deveria jamais ter renunciado. (25/08/2016)
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DOIS ANOS SEM TUTU
Como já foi mostrado em publicação anterior, bonecos infláveis representando políticos não são novidade. A inovação foi a confecção de um boneco não para incensá-lo, mas para mostrá-lo em vestes de presidiário. É o caso do célebre e engraçadíssimo Pixuleco.
O caso de Jânio foi outro. Ele passou grande parte do ano de 1959 viajando o mundo e tomando conhecimento não apenas dos líderes de cada país que visitava, mas dos problemas enfrentados pela população desses países. Na volta, considerado o candidato perfeito para encerrar de vez o ciclo iniciado ilegitimamente em outubro de 1930 (do qual JK foi o último representante) e vencer as eleições do ano seguinte, Jânio foi recebido com manifestações de carinho e apoio que não tinham precedentes.
O Movimento Popular Jânio Quadros, MPJQ, presidido pelo parlamentar Castilho Cabral, mandou fazer bonecos infláveis que traziam a imagem de Jânio, com a legenda "Jânio vem aí". Na foto vemos a jovem Tutu, que acompanhou o pai por toda a viagem, com um desses bonecos.
Saudade de Tutu. (28/08/2016)
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Ver também:
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Ver também:
- Pílulas Janísticas - 1
- Pílulas Janísticas - 2
- Pílulas Janísticas - 3
- Pílulas Janísticas - 4
- Pílulas Janísticas - 5
- Pílulas Janísticas - 6
- Pílulas Janísticas - 8
- Jânio - Vida e Morte do Homem da Renúncia - Parte 1
- Jânio - Vida e Morte do Homem da Renúncia - Parte 2
- A biografia de Jânio no Programa do Jô
- O dia em que conheci Jânio
- Dirce "Tutu" Quadros (1943/2014)
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