Com Marina Lima, 2002 |
quando escrevi sobre a entrevista que fiz com Alvin L em 2004, expliquei onde começou meu interesse na obra do parceiro de Marina, entre outros. Contei esta historinha:
Estava eu, certa vez, checando e-mails no intervalo do meu trabalho, em novembro de 2002, quando vi um banner publicitário no UOL que anunciava um Bate-Papo com a cantora e compositora Marina Lima para dali a alguns dias. O banner avisava que os internautas que enviassem a pergunta mais original à cantora ganhariam um convite para assistir a entrevista ao vivo. Como qualquer pessoa que teve sua adolescência na década de 80, eu conhecia Marina, considerava-a linda, sexy, e gostava de suas músicas, sem no entanto ter comprado seus LPs. Ouvir no rádio, nas trilhas de filmes e de novelas era suficiente.
Mas naquele momento, na correria do intervalo, me veio à lembrança um clipe que assisti no Fantástico, no início da década de 80, da música "Gata todo dia", em que Marina entrava em uma sala e cantava "Eu sou uma gata/ E não gosto de água fria/ Pega logo no meu pêlo/ Seu carinho me arrepia/ Não quero água/ Tomo banho é de lambida", tudo de acordo - tanto o video como a música, a letra e o visual dela - com a deliciosa estética da época, hoje considerada tão brega e que eu particularmente aprecio muito.
Sorteados e Marina no BP UOL de 2002 |
A conversa ocorreu em 7 de novembro de 2002 no prédio do UOL, esquina da Faria Lima com a Rebouças, a partir das 9 da noite. Fui o último a chegar. Já estavam lá os cinco outros sorteados conversando com algumas funcionárias do UOL, todos ao redor de uma mesona cheia de comes e bebes. Coisas simples: salgadinhos, doces e soft drinks de todos os tipos. Começaram a mostrar aquilo que haviam trazido para Marina autografar; na maior parte, capas de seus velhos vinis. Não tendo os vinis, quis ser politicamente incorreto: levei a Playboy de Marina, que estava fácil em alguma prateleira do meu quarto.
Autografando sua Playboy |
Quando chegou a hora dos autógrafos me bateu aquela vergonha violenta e pensei em sumir com a Playboy. No fim mostrei de uma vez a ela e ainda acrescentei, brincando: "Eu fui o único que tive coragem, né, galera?" Ela, gentil, me deixou inteiramente confortável com a situação: "Sabe que não? Você não tem noção de quantas pessoas levam essa revista para eu autografar, nos shows...", e concluiu, jocosa, "o único inconveniente é quando o fã escolhe a foto em que quer o autógrafo. Vou assinar nesta primeira que abre o ensaio e pronto...". Descontraiu o ambiente, nos fez dar risada, foi excelente.
Já sentada ao lado do entrevistador, Marina comentou que a única experiência que tivera com o chat havia sido tempos antes, com Marília Gabriela (na época em que esta tinha um programa no UOL). Estava tranqüila. Foi um bate-papo agradável e divertido. Havia mais de duas mil pessoas online. Fiz duas perguntas a ela, que estão no video abaixo. A primeira sobre cantar com Tom Jobim no especial "Antônio Brasileiro" e a segunda sobre as cantoras brasileiras que mais a influenciaram. É interessantíssimo o que ela tem a dizer sobre ambos os assuntos, desde seu primeiro encontro com Tom no navio que a trouxe dos Estados Unidos para o Brasil, quando ela contava apenas doze, até o depoimento sobre Elizeth Cardoso, cheio de emoção e devoção. Tive a idéia de fazer esse upload quando constatei que esse bate papo de 2002 já não está mais em qualquer acervo online do UOL (ou pelo menos eu não consegui encontrar).
Divirtam-se.
Bernardo
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