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Com Regina em 1992, em seu camarim do inesquecível "A Vida é Sonho" |
Encontrei-a pessoalmente pela última vez no Black-Tie de Dan Rosseto no MUBE em 2011 e a enchi de abraços. Não necessariamente concordei com algumas de suas posições políticas ou ideológicas ao longo desta última década, mas não via nenhum inconveniente nela escolher quem bem quisesse, pelo voto. Jamais a hostilizaria, como sempre faz o PT com aqueles que não rezam pela cartilha do presidiário.
Quando ela aceitou o convite de Bolso, fiquei apreensivo. Governo desmoralizado, desastroso, um verdadeiro rio de piranha. Mas Moro estava lá, o que, a meu ver, ainda emprestava a esse governo de merda uma última centelha de respeitabilidade. E desejei sorte à Regina, não sabendo o que esperar.
Durante a pior crise de saúde que já atravessamos, em que a área coberta por sua secretaria é uma das mais castigadas, além de perdermos luminares de nossa cultura diariamente, Regina sumiu. Não deu um pio. Ninguém podia encontrá-la. Esperávamos que estivesse em meio a um bom freio de arrumação que a fizesse compreender o erro palmar que cometeu aceitando o convite de Bolso, e que reapareceria para pedir desculpas e se demitir. Ao invés disso ela reapareceu como se nada tivesse acontecido, não se desculpou, não se demitiu, não fez um único comentário produtivo e ainda protagonizou um dos mais bizarros espetáculos de vergonha alheia que já tivemos o azar de ver pela internet.
Não tenho mais nada a dizer. As atitudes de Regina, e suas imagens falam por si só.
Vi com otimismo a entrada de Moro no governo. E vi um homem honrado se demitindo, depois de um ano de trabalho honesto.
Vi com otimismo a entrada de Regina no governo. E vejo com engulhos sua permanência inútil, ociosa e deletéria.